Saber analisar a situação financeira de um consultório médico é fundamental para alcançar o sucesso de mercado e são duas as principais formas de fazê-lo: pelo regime de caixa e regime de competência. O médico que entende as diferenças dos conceitos conseguirá gerenciar melhor as finanças do seu negócio e tomar decisões mais certeiras.

Quer saber mais sobre o assunto? Neste artigo esclarecemos os conceitos de regime de caixa e de competência e as suas principais diferenças. No fim, também explicamos a importância de aperfeiçoar a gestão financeira do seu consultório. Confira!

Os conceitos de regime de caixa e regime de competência

De forma geral, os regimes contábeis são critérios adotados para registrar os valores das transações realizadas no negócio, ou seja, as entradas (faturamento ou receitas) e saídas (despesas). Entenda a seguir como cada um deles funciona.

Regime de caixa

Esse regime considera as movimentações no momento em que ocorre a transação financeira. Em outras palavras, as receitas e despesas são aferidas no momento do efetivo recebimento e pagamento do dinheiro.

Quando o consultório faz uma venda a prazo, cada parcela é lançada na data que o cliente faz o pagamento. O mesmo ocorre com uma compra a prazo, o lançamento é feito a cada vez o negócio paga uma parcela.

Regime de competência

Aqui as entradas e saídas são registradas no momento em que os tratos são firmados. Por exemplo, se o consultório fechou um negócio no começo do mês, mas o pagamento será feito no final, considera-se a data do contrato. No caso das compras a prazo, todas as parcelas são registradas uma vez e na data do contrato.

Ainda existe um terceiro regime denominado misto, em que os registros das despesas são feitos no momento que o negócio é fechado, já as receitas são orçadas somente quando recebidas. Porém ele é menos utilizado que os de caixa e competência.

As diferenças entre os dois tipos de lançamentos

As diferenças não são somente conceituais, também existem distinções no campo prático, entenda quais são elas a seguir.

Usabilidade nas demonstrações

Alguns exemplos de uso do regime de competência são a declaração do imposto de renda (IR) e elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), relatório que traz informações claras e reais sobre as contas do negócio.

O regime de caixa é usado para alguns demonstrativos, como Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC), que apresenta as entradas e saídas de capital na organização.

Obrigatoriedade

De acordo com o Art. 17 da Lei n.º 6.404/76, as empresas de Sociedade Anônima (S.A.) — com capital dividido em ações — devem aplicar o regime de competência. Esse regime também é exigido para as empresas sob o enquadramento tributário do Lucro Real.

As empresas que adotam o enquadramento tributário Simples Nacional ou Lucro Presumido podem escolher usar o regime de caixa como principal forma de registrar as movimentações. Se você tem dúvida sobre qual é a forma de tributação para seu negócio, solicite o apoio de contadores, que são os profissionais com conhecimento técnico no assunto.

A importância de melhorar o controle financeiro da clínica

Uma clínica de sucesso tem um constante fluxo de clientes e, consequentemente, grande movimentação de capital. Se o gestor não souber como registrar corretamente suas entradas e saídas, poderá sofrer com desorganizações e perdas financeiras bastante elevadas.

Por outro lado, quem investe no controle financeiro conseguirá fazer melhorar projeções futuras, negociar melhor com seus fornecedores e manter um capital de giro adequado, entre diversos outros benefícios.

Depois de entender a diferença entre o regime de caixa e regime de competência, percebe-se que é excepcionalmente importante saber quando utilizar cada um deles. Mas para aperfeiçoar o controle financeiro, é necessário ter o apoio de especialistas no ramo.

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